quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Sintra - suas lendas e verdades






De trem de Lisboa, acho que não leva meia hora...mas é aprazível, não se percebe...só que faz muito mais frio ali e começam os ares de mistério... De verdade, eu não vi nada revelador, mas Sintra, uma cidade pequenininha, cheia de charme e gostosuras, conserva também um série de lendas - de fadas, bruxas e jovens enfeitiçados. Isso dizem os portugeses, mas não veio no ingresso que eu comprei pra entrar no Palácio da Pena e no Castelo dos Mouros. Disso eu posso falar, e bem. É encantador! No Palácio da Pena, as camas estão arrumadas com suas colchas do século 19, a louça está sobre a mesa e nos espelhos é quase possível imaginar o reflexo de quem ali se penteava ou admirava (não acho que eles usavam pra espremer cravos, como eu, ops, perdão, desvio do tema)...É tudo assim mesmo, muito poético. Eu me arrepiei quando entrei no quarto da rainha - praticamente uma casa, de tão grande. Duas curiosidades: a cama da rainha era maior que a do rei, porque, sim, ela era maior que ele; e o palácio, que foi o retiro dos últimos reis de Portugal, é abarrotado de móveis, mas abarrotado mesmo, com cadeiras por todos os cantos, várias no banheiro inclusive, porque eles não gostavam de ter vazios dentro de casa...



Fora o Palácio, há ainda o Castelo dos Mouros, que são ruínas do século 8, e tudo está dentro de imensas áreas verdes, no alto da montanha, o que deve mesmo criar um clima meio sinistro com o escurecer...



Com um só dia, como eu tinha, vale a pena visitar o da Pena (trocadilho infame) e as ruínas, mas não se pode perder, de forma alguma, a Rua das Padarias - não podia ter nome melhor - onde é obrigatório visitar a "Periquita" e comer ali um "travesseiro", doce famosíssimo da cidade. Imagina a cara do guarda do Palácio quando eu perguntei pra ele: "Vem cá, o que é mesmo a Periquita?" Sáo não foi tão reveladora de surpresa quanto a minha quando eu degustei o travesseiro - era um pedaço do céu, assim como Sintra. Hay que ver!



(E Portugal continua...)

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